ANTECEDENTES: A utilização do Stripper Mayo para a colheita da veia safena longa tem demonstrado melhorar a morbilidade das incisões das feridas nas pernas. Não tem sido universalmente aceite devido a um aumento perceptível de lesões no conduto venoso. OBJECTIVO: Comparar a função da veia safena comprida autóloga não distendida colhida por um stripper Mayo com a técnica tradicional ‘aberta’ no mesmo paciente (n = 12) de aparência. MÉTODOS: A reactividade vascular foi avaliada em banhos de órgãos isolados. A função contrátil foi medida em resposta a concentrações crescentes (10-9-10-5 mol) de 5-hidroxitriptamina e noradrenalina. Isto foi calculado como uma percentagem da resposta contrátil máxima a 90 mM KCl medida em milinewtons (mN) (controlo 41,4 ± 12,1, (n = 11), técnica aberta 35,8 ± 11,1, (n = 11), decapante Mayo 33,7 ± 15,9, (n = 11)). A função endotelial dependente e independente foi avaliada com acetilcolina e nitroprussiato de sódio, respectivamente. RESULTADOS: Não houve diferença significativa em resposta tanto aos constritores como aos dilatadores entre a veia tomada com o decapante Mayo em comparação com a técnica aberta tradicional (n = 6 para cada observação; P > 0,05 por ANOVA). O exame histológico por microscopia ligeira dos segmentos do vaso removidos com o decapante Mayo não conseguiu mostrar qualquer dano significativo na parede do vaso. Tanto os estudos funcionais como morfológicos foram conduzidos por observadores “cegos”. O seguimento de um ano com angiografia por ressonância magnética (ARM) e tomografia de tálio de tensão demonstrou uma taxa de patência com estimativas inferiores e superiores de 80 e 94%. CONCLUSÕES: Demonstrámos que a colheita da veia safena longa com um stripper Mayo não compromete a reactividade vascular da veia safena longa ou a patência a longo prazo.