Antecedentes: O diafragma é normalmente utilizado com um espermicida. No entanto, alguns profissionais sugeriram que os espermicidas não oferecem protecção contraceptiva adicional e defenderam directrizes alternativas para a utilização de diafragmas.
Objectivos: O objectivo desta revisão era comparar a eficácia, segurança e aceitabilidade do diafragma com e sem espermicida.
Estratégia de pesquisa: Pesquisámos MEDLINE, EMBASE, POPLINE, CINAHL, o Registo de Ensaios Controlados Cochrane, e listas de referência de artigos relevantes. Além disso, contactámos peritos na área para identificar estudos não publicados.
Critérios de selecção: Ensaios controlados aleatórios comparando mulheres em idade reprodutiva utilizando o diafragma com e sem espermicida como o único método contraceptivo que comunicava resultados clínicos.
Recolha e análise de dados: Dois revisores extraíram independentemente dados sobre resultados e características do ensaio e quaisquer discrepâncias foram resolvidas por consenso ou por consulta com o terceiro revisor. Os resultados do estudo identificado são apresentados de forma descritiva.
Principais resultados: Identificámos apenas um estudo. Não foi encontrada qualquer diferença significativa nas taxas de gravidez (com uso típico ou uso consistente) ou taxas de descontinuação entre os grupos diafragma com espermicida e diafragma sem espermicida. Havia uma tendência para taxas de gravidez mais elevadas no grupo diafragma- sem espermicida. Contudo, este estudo não conseguiu recrutar o número planeado de participantes e, consequentemente, não teve poder suficiente.
Conclusões do revisor: Uma vez que apenas foi identificado um estudo com pouco poder, não podemos distinguir entre a eficácia contraceptiva do diafragma com e sem espermicida. Não podemos chegar a qualquer conclusão neste momento, é necessária mais investigação. No entanto, o estudo não fornece provas para alterar a prática comummente recomendada de utilização do diafragma com espermicida.