Pedras nos rins são formadas no tracto urinário devido à cristalização de compostos químicos na urina. PCNL é uma técnica utilizada para remover certos cálculos no rim ou ureter superior (o tubo que drena a urina do rim para a bexiga) que são demasiado grandes para outras formas de tratamento com cálculos, tais como litotripsia por ondas de choque ou ureteroscopia.
A Cirurgia
Este procedimento tem sido realizado em muitos pacientes nos últimos anos e é aceite como padrão de tratamento para pacientes com cálculos renais que são grandes, muito firmes, ou resistentes a outras formas de tratamento com cálculos. Como tal, substituiu as operações abertas para pedras nos rins na grande maioria dos pacientes.
Tipicamente, a duração da cirurgia é de três a quatro horas. A cirurgia é realizada fazendo uma pequena incisão de 1 cm na área do flanco do paciente (Figura 1). Um tubo é colocado através da incisão no rim sob orientação de raios X. Um pequeno telescópio é então passado através do tubo a fim de visualizar a pedra, quebrá-la e removê-la do corpo. Se necessário, um laser ou outro dispositivo chamado litotritor pode ser utilizado para quebrar a pedra antes de esta poder ser removida. Este procedimento resultou em significativamente menos dores pós-operatórias, uma estadia hospitalar mais curta, e um regresso mais cedo ao trabalho e às actividades diárias, quando comparado com a cirurgia de pedra aberta.
Esta técnica também tem uma taxa de sucesso mais elevada para a remoção de todas as pedras num único local do que outras técnicas como a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (ESWL), que frequentemente requerem várias tentativas.
Potenciais Riscos e Complicações
Embora este procedimento tenha provado ser muito seguro, pois em qualquer procedimento cirúrgico existem riscos e potenciais complicações. As taxas de segurança e complicações são semelhantes quando comparadas com a cirurgia aberta. Os riscos potenciais incluem:
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Sangria: Algumas perdas de sangue ocorrerão com este procedimento, mas raramente os pacientes necessitam de uma transfusão de sangue. Se estiver interessado numa transfusão de sangue autóloga (doando o seu próprio sangue), deve sensibilizar o seu cirurgião. Quando o pacote de informações lhe for enviado por correio relativamente à sua cirurgia, receberá também um formulário de autorização para levar para a Cruz Vermelha. Deve coordená-lo com a Cruz Vermelha na sua área.
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Infecção: Todos os pacientes são tratados com antibióticos de largo espectro para diminuir a possibilidade de infecção de ocorrer após a cirurgia. Se desenvolver quaisquer sinais ou sintomas de infecção após a cirurgia (febre, drenagem por incisão, frequência ou desconforto urinário, dor ou qualquer coisa que lhe possa preocupar) contacte-nos de imediato.
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Lesões de tecidos/órgãos: Embora invulgar, possíveis lesões nos tecidos/órgãos circundantes, incluindo intestino, estruturas vasculares, baço, fígado, pulmão, pâncreas e vesícula biliar, podem requerer mais cirurgias. A perda da função renal é rara, mas é um risco potencial. O tecido cicatricial pode também formar-se no rim ou ureter, requerendo uma cirurgia adicional.
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Conversão para cirurgia aberta: Este procedimento cirúrgico pode exigir a conversão para a operação aberta padrão, se houver dificuldade durante este procedimento. Isto pode resultar numa incisão aberta padrão maior e possivelmente num período de recuperação mais longo.
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Falha na remoção da Pedra: Existe a possibilidade de que a(s) pedra(s) não possa(m) ser removida(s) completamente, geralmente devido ao tamanho ou à localização da(s) pedra(s). Poderá ser necessário tratamento adicional.