O esterno

O esterno (ou esterno) é um osso achatado localizado no aspecto anterior do tórax. Encontra-se na linha média do tórax e tem uma forma em “T”.

Como parte da parede torácica óssea, o esterno ajuda a proteger as vísceras torácicas internas – tais como o coração, pulmões e esófago.

Neste artigo, analisaremos a osteologia do esterno – as suas partes constituintes, articulações, e correlações clínicas.

Fig 1 – Posição anatómica do esterno no tórax do corpo.

Partes do esterno

O esterno pode ser dividido em três partes; o manúbrio, o corpo e o processo xifóide. Nas crianças, estes elementos são unidos por cartilagem. A cartilagem ossifica ao osso durante a idade adulta.

Manubrium

O manúbrio é a porção mais superior do esterno. Tem forma trapezoidal.

O aspecto superior do manúbrio é côncavo, produzindo uma depressão conhecida como o entalhe jugular – isto é visível por baixo da pele. De cada lado da ranhura jugular, há uma grande fossa forrada com cartilagem. Estas fossas articulam-se com as extremidades mediais das clavículas, formando as articulações esternoclaviculares.

Nos bordos laterais do manúbrio, existe uma faceta (depressão revestida de cartilagem no osso), para articulação com a cartilagem costal da 1ª costela, e um demifacet (meia faceta) para articulação com parte da cartilagem costal da 2ª costela.

Inferiormente, o manúbrio articula-se com o corpo do esterno, formando o ângulo esternal. Isto pode ser sentido como uma crista transversal de osso no aspecto anterior do esterno. O ângulo esternais é normalmente utilizado como auxiliar na contagem de costelas, pois marca o nível da 2ª cartilagem costal.

Corpo

O corpo é plano e alongado – a maior parte do esterno. Articula-se com o manúbrio superior (articulação manubriosternal) e o processo xifóide inferior (articulação xifisternal).

Os bordos laterais do corpo são marcados por numerosas facetas articulares (depressões de cartilagem revestidas no osso). Estas facetas articulares articulam-se com as cartilagens costais das costelas 3-6. Existem facetas menores para articulação com partes da segunda e sétima costelas – conhecidas como demifacetas.

Processo xifóide

O processo xifóide é a parte mais inferior e mais pequena do esterno. É variável em forma e tamanho, com a sua ponta localizada ao nível das vértebras T10. O processo xifóide é largamente cartilaginoso na sua estrutura, e ossifica completamente no final da vida – por volta dos 40,

Em alguns indivíduos, o processo xifóide articula-se com parte da cartilagem costal da sétima costela.

Fig 1.1 - As articulações e partes do esterno. Fig 2 – As articulações e partes do esterno.

Pertinência Clínica: As fracturas do esterno

Fracturas do esterno estão associadas a traumatismos graves no peito, tais como num acidente de viação. São relativamente pouco comuns.

Tipicamente, o esterno quebrar-se-á em vários pedaços – este tipo de fractura é classificado como uma fractura cominutiva. O local mais comum da fractura é a articulação manubriosternal – onde o manúbrio encontra o corpo do esterno. Apesar do grau de lesão do esterno, os fragmentos não são normalmente deslocados devido à fixação dos músculos peitorais.

As fracturas do esterno têm uma elevada taxa de mortalidade (25-45%). Isto não se deve à fractura em si, mas geralmente como resultado de lesões cardíacas e pulmonares, que são susceptíveis de ocorrer simultaneamente com o trauma primário. Devido a isto, é crucial verificar os doentes com fracturas do esterno quanto a lesões viscerais. Raio-X, TAC e ecografia são investigações comuns.

Fig 1.2 - Vista lateral de uma fractura deslocada do esterno. Fig 3 – Vista lateral de uma fractura deslocada do esterno.

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