Religião
Atravessando a história do Egipto as crenças e práticas estavam em constante mudança, embora os temas da fertilidade, renascimento, morte e ressurreição permanecessem geralmente constantes. Os antigos egípcios tinham tendência para fundir novas crenças com as antigas, em vez de simplesmente substituí-las. Esta tendência tornou difícil para os estudiosos modernos compreender plenamente as crenças antigas e, embora muito se saiba, ainda há muito que permanece um mistério.
Deuses
Sabemos de centenas de deuses e deusas adorados pelos antigos egípcios, pois os seus nomes, personalidades e aparências sobreviveram na obra de arte que a civilização deixou para trás. Muitos destes tiveram os mesmos papéis ou papéis semelhantes. Isto deve-se tanto à natureza complexa da religião como à organização política do Estado.
As áreas locais tinham deuses locais, tendo cada cidade ou região frequentemente as suas próprias divindades que adoravam. Se uma cidade viesse a ocupar um lugar de destaque sob um governante ou oficial poderoso, então os deuses locais erguer-se-iam ao seu lado. Estes tornaram-se deuses “estatais”, adorados pelos ricos e pela elite dos templos. No entanto, a população em geral continuou a adorar também os seus deuses locais. Alguns deuses, portanto, eram preferidos por certas classes de pessoas, alguns só eram venerados em certas áreas, e outros só se destacavam em certos períodos. Em tempos posteriores, diferentes deidades eram frequentemente combinadas ou fundidas.